APOIO DE UM LAR

Crianças e adolescentes da região, que precisam se deslocar a Caxias do Sul para tratamento contra o câncer, contam com uma casa de amparo a partir de hoje. A moradia vai evitar o desgaste de viagens diárias de quem já está debilitado pela doença. Graças à mobilização da comunidade, por meio da Associação Domus, uma residência localizada no bairro Universitário foi disponibilizada para pacientes e familiares. Pequena e confortável, a casa proporciona aos hóspedes a sensação de estar na sua própria moradia

Caxias do Sul – A ala de oncologia pediátrica do Hospital Geral (HG) é quase uma segunda casa para crianças e adolescentes com câncer, mas insuficiente para acolher quem precisa se deslocar de cidades da região para tratamentos diários. Por esse motivo é que foi criada a Casa de Amparo à Criança e ao Adolescente com Câncer da Serra Gaúcha. A inauguração do abrigo no bairro Universitário, hoje, às 17h, é o resultado de uma mobilização comunitária comandada pela Associação de Amparo à Criança com Câncer da Serra Gaúcha – Domus (casa em latim).

A residência tem dois quartos com beliches e capacidade para atender seis pessoas, entre pacientes e familiares. Além disso, tem dois banheiros, cozinha, salas de recreação e recepção, área de serviço e até um consultório odontológico. A moradia é pequena, mas está equipada com tudo que uma casa precisa para ser funcional: eletrodomésticos, televisão por assinatura e computador. Os pequenos têm até brinquedos e jogos para passar o tempo.

– A Domus não é a casa dos sonhos, mas é a casa de um sonho que se tornou realidade – orgulha-se o presidente da associação, Rocco Francesco Donadio.

Foram gastos cerca de R$ 15 mil em reformas para a inauguração do lar, entre pintura, reformulação da fachada e dos banheiros, entre outros serviços. As despesas de manutenção, como água, luz, limpeza e segurança, também ficam por conta da entidade. Quem fica no abrigo também conta com alimentação e transporte até o hospital.

– Oferecemos toda a infraestrutura e os alimentos para que eles possam cozinhar. Assim, não perdem o vínculo de casa e, mesmo porque, há receitas especiais que só as mães sabem fazer para os filhos – explica Donadio.

Tão importante quanto os recursos do ambiente é a sensação de estar à vontade. A Domus buscou isso ao projetar uma casa simples e confortável e no tratamento dos hóspedes. A chave da casa é confiada aos moradores temporários.

– A casa foi feita para essas pessoas e queremos que elas sintam que é delas – salienta o presidente da Domus.

Além de tudo que se costuma ter num lar, ainda é oferecido atendimento odontológico e psicológico.

– A casa está pronta para receber todos os pacientes que forem mandados para cá. O nosso atendimento é de amparar as crianças, não é médico. Mas colaboramos no tratamento, porque promovemos conforto e segurança e amenizamos a dor das crianças e de suas famílias – comenta Donadio.

Eriton Camargo Policastro, 15 anos, passou pela experiência de viajar diariamente de Bom Jesus a Caxias para se tratar no HG. Há um ano e meio com leucemia, o jovem pode atestar como a casa de amparo melhorou sua rotina.

– Antes eu ia e vinha com o carro de saúde. Agora, a casa tem todo o conforto e ajuda a reduzir o cansaço da viagem – conta Eriton.

O adolescente recorda de situações extremas, quando era inevitável se hospedar em Caxias.

– Quando minhas plaquetas (sanguíneas) baixavam muito, eu precisava ficar em casa de parentes, mas na Domus é tão bom que a gente se sente em casa e fica até mais à vontade do que nos familiares – compara.

Fonte: Pioneiro

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