Aceita-se doações para a construção de uma casa para abrigar 20 pessoas. O pedido é simples, mas precisa do seu apoio para se concretizar. A causa é nobre. Essa não é uma casa qualquer. É um espaço que dará auxílio a crianças com câncer e seus familiares, vindos de outras cidades da região para se tratar no Hospital Geral (HG), em Caxias do Sul.
Toda semana, a oncologia pediátrica do HG atende, em média, 25 crianças e adolescentes. A médica Ângela Rech Cagol, responsável técnica pelo serviço de oncologia pediátrica da instituição estima que 90% dos pacientes sejam de outras cidades. Ela conta que, quando veio trabalhar no HG, em 2005, estava concluindo sua formação em oncologia no Hospital das Clínicas de Porto Alegre, que possui uma casa de apoio para os pequenos e familiares vindos do Interior. Então sugiu a idéia de encampar projeto semelhante em Caxias.
Em maio deste ano, foi criada a Domis, uma organização não governamental (ONG) para arrecadar fundos para a construção da Casa de Amparo a Criança e ao Adolescente com Câncer da Serra Gaícha. A intenção é que o espaço possa abrigar 10 pacientes, de até 17 anos, e um acompanhante para cada um deles. Voluntários irão atuar na casa que deverá oferecer tambpem atendimento psicológico para familiares e crianças e odontológico para os pacientes, explica o presidente da Domis, Rocco Francesco Donadio.
Conforme a médica, está em negociação com Fundação Universidade de Caxias do Sul (Fucs) adoação da parte de um terreno que será comprado para a ampliação do Hospital Geral, a afim de abrigar a casa de apoio.
- O câncer infantil é raro. Por isso, a demanda pode não parecer grande. Mas quem vem de fora de Caxias, precisa ficar, em algumas ocasiões três dias na cidade. Mas não é o caso de internação, então eles têm de ir e voltar todo dia, o que é desgastante - aponta Ângela.
-A quimioterapia debilita, e os pacientes não se sentem bem em ficar indo pra lá e para cá. A maioria é pobre e não tem parentes em Caxias - complementa Donadio.
A Domus fez parceria com o Banrisul para que correntistas do banco possam doar, qualquer quantia, diretamente com o cartão magnético. Um terminal móvel, aquela maquininha usada para o pagamento de contas com o Banricompras, está na agência central de Caxias exclusivamente para receber doações.
- Se a pessoa quer doar R$ 1, vai lá, passa o cartão e doa R$ 1. O Banrisul paga os custos da transação - explica Donadio.
É simples. E as crianças da oncologia do HG agradecem.
Fonte: Pioneiro