Felipe, um menino saudável, cheio de energia, começou a demonstrar sinais sutis de que algo estava errado.

A princípio, eram só febres à tarde, cansaço incomum, perda de apetite, sintomas comuns de uma gripe.

Por um mês, Daniela, mãe de Felipe, o levou à Unidade Básica de Saúde e a médica, especialista em Clínica Geral, que o avaliava, trocava de medicações, mas não havia melhora.

Até que, com queixas frequentes de febre, dores no corpo, sua barriguinha crescendo e sua cor passando a mudar, Felipe, foi transferido para o pediatra de emergência hospitalar, onde deu entrada com suspeita de hepatite.

O diagnóstico

O pediatra solicitou exames e no mesmo dia, a notícia chegou! Era leucemia!

Naquele momento, o mundo parou e tudo mudou para a família!

Após o diagnóstico, Felipe e sua mãe precisaram sair de sua cidade, Nova Prata, para Caxias do Sul, no Hospital Geral, seria ali o começo da batalha pela vida.

Mas eles não estavam sozinhos nessa jornada. Havia uma força em cada sorriso, em cada pequena vitória. Felipe, mesmo em meio a todo o sofrimento, encontrava maneiras de rir quando o desespero parecia ser o único caminho.

Em meio ao doloroso processo inicial de ver seu filho, que nunca havia ficado doente, agora lutando por sua vida, encontrou apoio em lugares inesperados.

A Domus

Em Caxias do Sul, a família Bolzan conheceu a Domus, uma casa de apoio que logo se transformou em um refúgio. Era lá onde ela e Felipe encontravam momentos de paz em meio ao caos.

Muito além de um teto e comida, a Domus se tornou um lugar de segurança, quase como um segundo lar para Felipe!

Lá, as guloseimas que ele tanto adorava misteriosamente apareciam e os pequenos gestos de carinho de quem os acompanhava faziam toda a diferença.

Eram em momentos como esses, entre uma consulta e outra, entre lágrimas e risos, que a esperança se reconstituia e se mantinha viva!

Durante essa jornada, com a bravura que poucos conseguem ter, Felipe, manteve a cabeça erguida. Ele sabia que era uma batalha que precisava ser travada e com o apoio de todos à sua volta, ele ia vencer!

“Tive que enfrentar e me acostumar com as coisas. Tive que ser corajoso. Ir pra frente e não ficar parado.”

Uma nova chance

Após três trocas de protocolos e inúmeras intercorrências, que os médicos optaram pelo transplante.

Felipe, então, seguiu para Porto Alegre, no Hospital Clínicas, onde aguardou e para a alegria de todos, conseguiu um doador 100% compatível!

Os dias no hospital de Porto Alegre eram longos e ele ficou 74 dias internado, enfrentando a dura rotina de consultas diárias e tratamentos pós-transplante.

Para ele, o processo não foi fácil. Às vezes, o medo se instalava de repente e ele pensava no que estava perdendo...

Seus amigos estavam brincando, indo à escola, enquanto ele estava confinado em um quarto, sonhando com o dia em que poderia voltar a correr, jogar bola e ser apenas uma criança de novo.

"Eu chorava porque eu queria estar junto com as pessoas que eu gostava. Era muito difícil para mim."

Contudo, Felipe ainda precisava de força para reaprender a andar!

Fez fisioterapia, recuperou aos poucos cada pequeno movimento perdido e foi a força de sua mãe, que estava sempre ao seu lado, que o sustentou.

Meses de luta se passaram e as coisas que antes pareciam tão distantes, pouco a pouco começaram a acontecer!

Porém, ele ainda tem desafios a enfrentar, sendo imunossuprimido, com restrições rigorosas por conta do pós-transplante. Ele ainda não pode tomar vacinas e por isso, precisa se cuidar muito.

Mas o sorriso no seu rosto, agora mais forte, diz tudo! Ele venceu a parte mais dura da batalha, e cada dia é uma nova vitória.

Para Daniela, o começo foi o mais difícil. O diagnóstico de câncer em um filho é como ver o fim da linha. O medo da perda é esmagador. Mas ela sabia que não podiam se entregar.

"A família tem que se unir e correr atrás", ela afirma, com a força de quem enfrentou a tempestade e conseguiu encontrar a luz no fim do túnel.

Hoje, eles vão uma vez por mês a Porto Alegre para consultas de acompanhamento, mas a luta já não tem o mesmo peso. Eles encontraram apoio, fizeram amigos no caminho, e estão mais fortes do que nunca.

A história de Felipe e sua mãe é mais do que uma história de luta contra o câncer. É uma lição sobre como, mesmo nas piores adversidades, é possível encontrar momentos de riso e esperança. É sobre como, com amor e coragem, é possível atravessar a escuridão e voltar a ver a luz.

Hoje, Felipe corre, brinca, vive e vibra! Isso, para ele e sua família, é a maior vitória de todas.

Caso note algum sinal ou sintoma em seu filho, NÃO espere, procure um médico e se os sintomas persistirem, INSISTA em exames mais detalhados! Não deixe para depois! 

Clique aqui e baixe o material do Instituto Ronald para tirar todas as suas dúvidas.

Fonte: Daniela Bolzan e Felipe Bolzan

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Quanto mais cedo o diagnóstico, mais alta a chance de cura.

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