O ano era 2019 e a vida parecia tão promissora, cheia de alegrias, e projetos, quando em julho, o chão pareceu desaparecer! Foi nessa época que Bruna e Fernando receberam o diagnóstico de leucemia do pequeno Pedro.
Aquele menino ativo, sorridente e cheio de vida havia se transformado em uma criança cansada, com manchas roxas pelo corpo e um olhar sempre triste.
No início, ela acreditava que a causa estivesse na escola, mas logo a realidade se revelou muito mais complexa e desafiadora do que poderiam imaginar.
Primeiros Sinais
Tudo começou em maio de 2019, durante uma visita aos avós, quando Pedro disse sentir fortes dores na barriga.
O diagnóstico inicial foi de uma virose comum, mas as dores persistiram e novas idas ao médico foram necessárias, até que, chegaram os resultados de alguns exames que se mostraram preocupantes.
Logo, Pedro foi encaminhado ao Hospital Geral, onde a biópsia confirmou: leucemia. Era o início de uma jornada intensa e dolorosa, que transformaria a vida da família.
Essa notícia trouxe um misto de sentimentos para Bruna, mas a vontade de lutar pelo filho superou qualquer outra emoção.
A partir daquele momento, começaram os tratamentos com quimioterapia injetável, aplicadas durante suas internações no hospital, com o passar do tempo, em comprimidos.
A família se reorganizou em torno dessa nova realidade, e Pedro, que antes era uma criança sociável, começou a enfrentar desafios emocionais e sociais.
Na escola, lidava com apelidos e rótulos, enquanto no hospital, qualquer tentativa de contato físico o fazia recuar, assustado e arredio.
Desafios Fora dos Hospitais
Bruna não só precisava enfrentar a doença, como também a burocracia para garantir o suporte necessário ao filho. A renda da família, sustentada apenas pelo pai, não era suficiente para cobrir as novas necessidades.
A busca por um auxílio social foi infrutífera, pois o salário de José Fernando estava ligeiramente acima do limite estipulado, e o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), considerou que a casa “com dois banheiros” não justificava a concessão do benefício.
Determinada, Bruna procurou ajuda jurídica e, após muita espera, o auxílio foi finalmente concedido–um alívio que chegou em um momento crucial, pois pouco depois o marido perdeu o emprego.
O apoio inicial foi essencial, como a família do pai, Fernando, que se uniu em um mutirão para construir um quarto adequado para Pedro, longe da madeira, que poderia prejudicar seu sistema imunológico debilitado.
A psicóloga da Domus, Renata Boff, também contribuiu, doando tintas. Juntos conseguiram transformar o espaço para acolher Pedro com mais segurança e conforto.
Um suporte que vai além do tratamento
Durante o tratamento de Pedro, a Domus se tornou uma aliada indispensável. Ao longo dos anos, a instituição ofereceu a Pedro e sua família:
- 95 atendimentos psicológicos;
- 88 visitas da assistente social;
- 48 cestas básicas e caixas de leite;
- 10 aquisições de medicamentos;
- 21 kits de limpeza e higiene;
- 141 transportes por aplicativo;
- 1 professora particular, a Prof.ᵃ Ester, que ajudou Pedro a aprender a ler.
Bruna ainda descreve com emoção um dos períodos mais críticos, quando recebeu a visita de Renata e a assistente social, Clenes.
Elas trouxeram uma cesta básica cheia de alimentos, frutas e produtos de limpeza, em um ato que simbolizou não apenas o apoio material, mas o cuidado e o afeto da Domus pela família.
O Recomeço
Hoje, Pedro continua fazendo quimioterapia oral, mas os dias ruins ficaram para trás e a vida voltou ao seu ritmo normal!
Ao lado dos pais e do irmão, ele agora mora em Flores da Cunha, cidade próxima a Caxias do Sul. Uma escolha calculada, já que as cidades ficam à meia-hora uma da outra.
Flores da Cunha, representa o recomeço para a família, com uma nova escola para Pedro! Uma novidade que se mostrou um ambiente acolhedor e livre de julgamentos.
Entre risos, Bruna, comenta sobre a transformação do filho:
“Simplesmente outra criança… feliz, educada… agora se permite abraçar pelas pessoas.”
Contudo, respeitando a vontade de Pedro, Ela evita cometar sobre o passado e o tratamento na frente do filho.
Segundo, Bruna, as lembranças despertam o medo de passar novamente, por tudo que ele passou. Foram momentos difíceis, porque o tratamento pode ser doloroso e deixar marcas invisíveis por um longo tempo!
Mas, com o brilho nos olhos de mãe, ela fala sobre o orgulho que sente ao vê-lo correndo, brincando e sorrindo, agora longe das dificuldades de antes.
De mãe para mães!
Ao final de nossa conversa, Bruna compartilha uma mensagem de esperança para todas as mães que estão começando essa árdua jornada:
“Tenha fé, tenha fé mesmo… não desista, porque vai dar tudo certo. Declare que seu filho é cheio de saúde, que você também é forte… e acredite que vocês vão conseguir.”
O final é só o começo!
A jornada de Pedro e Bruna, é uma lição de coragem, fé e resiliência. As dificuldades foram inúmeras, mas, com o apoio da comunidade, de familiares, amigos e da Domus, a família encontrou forças para seguir em frente.
A Domus além do apoio psicológico e material; foi a ponte que conectou essa família a um futuro mais feliz e tranquilo.
Para aqueles que se inspiram por histórias de superação como essa, apoiar projetos como a Domus é uma forma de dar continuidade a esse ciclo de amor e solidariedade.
Afinal, nenhuma mãe ou pai deveria enfrentar sozinho uma batalha tão difícil quanto essa.
Se deseja apoiar as famílias assistidas pela Domus, entre em contato e descubra como fazer parte dessa rede de esperança e transformação.
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