As manhãs no lar de Angélica eram cheias de risos e brincadeiras das irmãs Ana, Eduarda e Thalia.
A rotina tranquila e cheia de alegria parecia inabalável até 2018, quando uma reclamação inesperada de Dudinha mudou tudo.
A partir daquele momento, iniciou-se uma jornada de fé, coragem e resiliência, onde o apoio da Domus se tornou fundamental para transformar a esperança.
O Dia Que Mudou Tudo
Era quarta-feira, Dudinha, sempre sorridente, chegou da escola com uma queixa inesperada: "Mãe, não estou sentindo minha mão."
Inicialmente, Angélica tentou entender a situação, mas em poucos minutos tudo mudou rapidamente. A pequena começou a salivar excessivamente e perdeu a força nas pernas.
Angélica, tomada pelo desespero, reagiu rapidamente. Entre lágrimas e orações, carregou a filha até o carro da família, enquanto Dudinha, segurando sua blusa com força, ela implorava: "Não me deixa, mãe!"
Chegaram no Hospital de Nova Petrópolis, por volta das 18h, passou por alguns exames e precisou ser internada. Sua estada ali foi marcada por incertezas e medo.
No dia seguinte, um diagnóstico assustador estava por vir! O médico achou melhor encaminhá-los ao Hospital Pompéia, em Caxias do Sul, onde teriam mais recursos para entender melhor o que estava acontecendo.
Chegando lá, um exame mostrou a possibilidade de um câncer, e por isso, deveriam seguir sem demora para o Hospital Geral, na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON).
A Descoberta
Era quinta-feira, ela estava na Unacon, estando ali fez uma ressonância que revelou a presença de um tumor em seu cérebro.
Com isso, foi submetida a uma biópsia para descobrir qual era o tipo de tumor. Contudo, em meio ao procedimento, Dr. Renato Luis Calloni percebeu que podia retirar toda a massa e assim o fez!
Uma luz de esperança caiu sobre família, pois todo o tumor foi removido. A alegria de Angélica ao receber essa notícia era indescritível, mas a batalha estava apenas começando. o tratamento incluiu 8 sessões de quimioterapia e 31 de radioterapia.
Entre as viagens constantes a Caxias do Sul e o impacto emocional, Angélica e Fernando se revezavam para manter a família unida. Dudinha, com sua força surpreendente, enfrentou tudo com um sorriso no rosto.
O Papel da Domus
Em meio ao choque e às dificuldades, a Domus surgiu como um porto seguro para Angélica e sua família. Desde os primeiros passos no tratamento, a instituição ofereceu acolhimento e apoio que são além do físico – um verdadeiro suporte emocional e logístico.
Angélica relembra que a Domus ofereceu apoio inestimável, desde o princípio!
[...] a Domus me acolheu com carinho, com amor [...] a Duda não podia ver a Rejane que pulava no colo dela [...] ela vinha na Domus e era a felicidade dela [...] ela amava e ainda ama [...] eu tenho só a agradecer por todo apoio até hoje [...] agora com a psicóloga e a professora pra ela [...]
Durante essa jornada, a Domus ofereceu:
- Almoço
- Atendimento de assistência social;
- Atendimento psicológico;
- Aulas de reforço;
- Café da manhã;
- Cestas básicas;
- Estadia diária;
- Transporte carro da Domus até o hospital e de volta até a Domus, totalizando, 65 benefícios concedidos.
Dudinha, segue vindo todas as quinta-feiras para Caxias, para ter suas aulas de reforço com a professora Jaci, voluntária na Domus.
“Xodó das Enfermeiras”
Durante a entrevista, Angélica fala sobre a capacidade da filha, de enfrentar tudo com muita resiliência, não se negando às dolorosas intervenções!
Apesar das adversidades, conquistou todos ao seu redor. Sempre corajosa, recusava até mesmo segurar a mão de quem desejava lhe dar apoio durante os procedimentos.
Suas ações, como oferecer abraços carinhosos e aceitar sua nova aparência sem medo, inspiravam todos que a conheciam. Para as enfermeiras, ela era um verdadeiro "xodó".
O Toque do Sino
O momento mais emocionante dessa jornada foi quando Dudinha tocou o sino, marcando o fim do tratamento.
A sala se encheu de lágrimas, sorrisos e aplausos. Para Angélica, esse som simbolizava não apenas a vitória contra o câncer, mas também a força e resiliência da sua pequena guerreira.
“Foi o dia mais feliz das nossas vidas. Ela venceu essa etapa e mostrou que é mais forte do que qualquer um de nós poderia imaginar,” relembra Angélica, emocionada.
Uma Nova Perspectiva de Vida
Com evidente emoção, Angélica recorda que neste processo todo, houveram duas ocasiões de imensa alegria para ela e o pai de Duda.
O primeiro, saber que a filha, que havia ido para a cirurgia com o objetivo exploratório e acabou por retirar o tumor no mesmo procedimento!
Ela relembra que foi um momento de grande emoção, mas nada se compara ao dia em que Dudinha tocou o sino, marcando o fim do tratamento.
A experiência uniu ainda mais a família, criando um ritual diário de abraços e beijos que simbolizam a gratidão pela vida.
Hoje, Dudinha vive cercada de amor, com a força e a coragem de quem superou uma grande batalha.
A história de Dudinha é um lembrete poderoso de que, mesmo diante das tempestades mais difíceis, o amor, a resiliência e o apoio podem transformar vidas.
“Por isso, confie em Deus e nunca perca a fé. Você é mais forte do que imagina e, com fé e coragem, é possível superar qualquer desafio!”
(Angélica)
Histórico da assistida:
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Fonte: Angélica Ferreira Roque