O câncer infantojuvenil é uma ameaça silenciosa e em um contexto global, representa um sério desafio à saúde pública como uma das principais causas de óbitos em crianças. Porém, muito além de ser um desafio, o câncer infantojuvenil representa um impacto direto na vida de milhões de famílias.

 
Câncer Infantojuvenil


O câncer infantojuvenil abrange diversas condições marcadas pelo crescimento descontrolado de células anormais em diferentes partes do corpo.

Diferencia-se do câncer em adultos por sua origem geralmente embrionária, atingindo com frequência as células do sangue e os tecidos de sustentação do corpo.

As últimas quatro décadas trouxeram avanços significativos no tratamento. Em países de alta renda, as taxas de cura do câncer infantojuvenil alcançam entre 80% e 85%.

No Brasil, infelizmente, a realidade é outra. A taxa média de cura gira entre 60% e 65%, com variações regionais. Essa diferença se deve a diversos fatores, como:

  • Atraso no diagnóstico;
  • Distância até os centros especializados;
  • Falta de unidades habilitadas;
  • Escassez de profissionais qualificados.

Por isso, o diagnóstico precoce é vital!

 
O que é o Retinoblastoma?


O retinoblastoma é um tipo raro, porém grave, de câncer ocular, responsável por cerca de 3% dos casos de câncer pediátrico. Ele afeta a retina, a camada sensível à luz localizada na parte posterior do olho e costuma surgir em crianças pequenas.
Em alguns casos, pode ser hereditário.

Há três formas conhecidas da doença:

  • Unilateral (em um olho): representa entre 60% e 75% dos casos. Desses, 85% são esporádicos e o restante hereditário.
  • Bilateral (nos dois olhos): está geralmente associado à forma hereditária.
  • Trilateral: além dos dois olhos, há também um tumor no cérebro (mais especificamente, no diencéfalo).
     

Sinais e Sintomas do Retinoblastoma


A sua detecção precoce pode salvar vidas e, muitas vezes, preservar a visão. Os pais têm um papel fundamental nesse processo.

Principais sinais de alerta:

  • Leucocoria – Reflexo branco na pupila quando a criança é fotografada com flash. É frequentemente o primeiro sinal visível.
  • Estrabismo – Desalinhamento dos olhos.
    Vermelhidão, inchaço e dor ocular.
  • Problemas de visão, como visão dupla ou perda visual.


Diagnóstico


O primeiro passo é a avaliação do fundo de olho realizada por um oftalmologista pediátrico. Caso haja suspeita, exames de imagem complementares são solicitados.

O Teste do Reflexo Vermelho (TRV), também conhecido como Teste do Olhinho deve ser realizado ainda na maternidade e repetido, ao menos, duas vezes por ano até os três anos. Alterações nesse reflexo podem indicar a presença de tumores intraoculares, como o retinoblastoma.

 
Exames de Imagem Utilizados

  • Ultrassonografia: Permite visualizar tumores mesmo quando a visão direta do olho está obstruída. É segura e não utiliza radiação ionizante.
  • Ressonância Magnética: Oferece imagens detalhadas do globo ocular, cérebro e medula. É indicada especialmente para casos bilaterais e acompanhamento de pacientes após o tratamento.
  • Tomografia Computadorizada: Avalia com precisão o tamanho do tumor e sua eventual disseminação.
  • Cintilografia Óssea: Utilizada apenas em casos suspeitos de metástase. Requer o uso de substância radioativa para verificar se o tumor atingiu o esqueleto.
     

A Importância da Detecção Precoce


Quando diagnosticado nos estágios iniciais, o retinoblastoma responde muito bem ao tratamento. Por isso, pais e responsáveis devem estar atentos a qualquer sinal incomum nos olhos da criança e procurar imediatamente um oftalmologista pediátrico.


A nossa missão!

A DOMUS - Associação de Amparo à Criança e ao Adolescente com Câncer da Serra Gaúcha, é uma organização que acolhe, apoia e ampara crianças e adolescentes com câncer, bem como suas famílias, oferecendo suporte material, emocional e social durante todas as etapas do tratamento.

 
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Fontes:
Estimativa 2023: Incidência de Câncer no Brasil / INCA
American Cancer Society: Tests for Retinoblastoma
Instituto Ronald McDonald: Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil

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Quanto mais cedo o diagnóstico, mais alta a chance de cura.

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