O neuroblastoma é um tipo de câncer que começa em células muito jovens do sistema nervoso, chamadas neuroblastos.
Essas células, que deveriam amadurecer e formar nervos saudáveis, acabam crescendo de forma descontrolada e formando tumores, que aparecem principalmente no abdome (barriga), porque é lá que ficam as glândulas suprarrenais (acima dos rins), mas também pode surgir no peito, pescoço ou na região pélvica.
Embora seja considerado raro, é o câncer mais comum em bebês e crianças pequenas, sendo a maioria dos casos diagnosticada antes dos 5 anos de idade.
Quais sinais podem despertar suspeita?
O neuroblastoma pode ser silencioso no início, mas alguns sinais chamam a atenção:
- Barriga aumentada ou endurecida;
- Carocinhos (nódulos) embaixo da pele;
- Olheiras roxas persistentes, mesmo sem batida ou trauma, às vezes acompanhadas de dor nos ossos;
- Febre prolongada sem causa aparente;
- Perda de peso ou falta de apetite;
- Cansaço e irritabilidade;
- Dores ósseas sem explicação.
É importante lembrar: esses sintomas também podem estar ligados a doenças comuns da infância.
Por isso, a orientação é sempre procurar o pediatra. Ele avaliará a necessidade de exames e, se houver suspeita, fará o encaminhamento a um centro especializado.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico vem de uma combinação de exames:
- Imagem, como ultrassom, tomografia ou ressonância;
- Biópsia, que é a retirada de um pedacinho do tumor para análise;
- Exames de urina e sangue, que podem mostrar substâncias produzidas pelo tumor;
- Exames da medula óssea, em alguns casos.
O objetivo é entender exatamente onde o tumor está e como está se comportando.
O tratamento: uma jornada em fases
O tratamento depende do risco da doença, ou seja, baixo, intermediário ou alto. Outros fatores também são observados como idade da criança, características do tumor e se ele se espalhou.
- Casos de baixo risco: muitas vezes a cirurgia para retirar o tumor já é suficiente.
- Casos intermediários: geralmente combinam cirurgia com quimioterapia.
- Casos de alto risco: exigem várias etapas, como quimioterapia intensa, cirurgia, transplante de células da própria medula, radioterapia e até imunoterapia — um tipo de tratamento que ajuda o corpo a reconhecer e combater as células doentes.
Apesar de parecer uma maratona, cada etapa é pensada para aumentar as chances de cura e permitir que a criança volte à rotina da forma mais saudável possível.
E depois do tratamento?
O acompanhamento continua por muitos anos! Esse cuidado é essencial para verificar se a doença voltou e, principalmente, para tratar possíveis efeitos tardios do tratamento, como alterações hormonais, dificuldades de audição ou problemas de crescimento.
Com suporte médico, nutricional, psicológico e social, a criança ou adolescente terá uma boa qualidade de vida.
O papel da família e da comunidade
Um diagnóstico de câncer na infância nunca é só da criança! Envolve toda a família. Pais, irmãos, avós e amigos caminham juntos, enfrentando medos e descobrindo forças que nem imaginavam ter.
É aí que instituições como a Domus fazem diferença oferecendo acolhimento, orientação, apoio social e psicológico.
Na Domus, acreditamos que o tratamento não acontece apenas no hospital, mas também no cuidado diário, no afeto e na solidariedade que ajudam a criança e a família a seguirem firmes.
Conheça a Domus
A Domus é uma associação que acolhe crianças e adolescentes com câncer e suas famílias de Caxias do Sul e região.
Nosso trabalho vai muito além do apoio material: é sobre oferecer dignidade, esperança e um lugar seguro para recomeçar.
Se você deseja conhecer mais sobre a nossa missão e descobrir como pode somar forças nessa causa, venha caminhar conosco.
Fontes oficiais consultadas
Instituto Nacional de Câncer – INCA: Neuroblastoma
Instituto Ronald McDonald: Guia Rápido para Profissionais de Saúde – Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil
Fundação Sara Albuquerque Costa: Cartilha Sinais e Sintomas do Câncer Infantojuvenil
Organização Mundial da Saúde (OMS): Cancer in Children – Fact Sheet
National Cancer Institute (EUA): Neuroblastoma – Treatment and Information